1 de novembro de 2007

NOVO ENDEREÇO DO BLOG: WWW.THIAGODEARAGAO.WORDPRESS.COM

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30 de outubro de 2007

BOLÍVIA: Governo diz que empresas americanas poderão investir no país

O ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, informou que diversas empresas petroleiras norte-americanas manifestaram interesse em investir no setor de hidrocarbonetos do país.

De acordo com ele, nas próximas semanas os representantes dessas empresas deverão aprofundar os contatos com o governo boliviano. Villegas esteve em Miami e Washington entre os dias 15 e 19 de outubro, onde pôde conversar com os representantes dessas companhias e explicar-lhes o processo de nacionalização do setor decretado pelo presidente da Bolívia, Evo Morales.

“Conversamos com várias empresas como a Shell, Exxon para que conheçam as condições do país e possam investir na Bolívia”, afirmou o ministro. Ele também disse que diversas empresas do setor estavam desinformadas da verdadeira situação no país, por não contarem com dados concretos sobre o que realmente ocorreu (referindo-se a nacionalização decretada por Morales).
No seu entendimento, os EUA têm uma visão negativa do país, pois sua interpretação é que o governo expropriou as empresas petrolíferas.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

COLÔMBIA: Uribe descarta terceiro mandato

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, assegurou que não será candidato a um terceiro mandato consecutivo em 2010. Essa foi a primeira declaração oficial do colombiano desde que sua coalizão começou a propor um referendo para alterar a Constituição e buscar o terceiro mandato consecutivo. De acordo com Uribe, não é positivo que um presidente busque perpetuar-se no poder.

Os dois pilares centrais do governo colombiano, segundo ele, são a segurança democrática e a confiança do investidor com a política de Estado.

Os partidários de Uribe propõem mais um mandato do atual presidente, pois a política de segurança implementada no país é um sucesso, o que faz seus índices de popularidade serem bastante elevados.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

VENEZUELA: Empresários russos e venezuelanos fecham acordos econômicos

Durante as reuniões inter-governamentais Rússia-Venezuela, os empresários dos dois países assinaram acordos de investimentos na área econômica. Os valores desses investimentos ficarão em torno de US$ 5 bilhões. De acordo com o vice-presidente da Venezuela, Jorge Rodríguez, 80 investidores russos participaram do encontro.

Os acordos firmados pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com países de fora da América Latina - inimigos dos EUA (Irã) ou neutros em relação a eles (Rússia) - mostram que os objetivos geo-estratégicos dele não ficam restritos ao continente latino-americano.

Diante desse cenário, George W. Bush (presidente dos EUA) pretende acelerar a aprovação dos TLCs (Tratados de Livre Comércio) com Peru, Colômbia e Panamá, com o objetivo de fortalecer os vínculos comerciais e, conseqüentemente, políticos com esses aliados.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

DIRETO DE BRASÍLIA: Senador adverte sobre ação de Chávez no Brasil

O senador brasileiro Gerson Camata (PMDB-ES) advertiu ao Plenário, na quarta-feira (24), sobre a suposta intenção do governo de Hugo Chávez, presidente da Venezuela, de implantar células de uma revolução marxista no Brasil, de acordo com reportagem veiculada pelo "Correio Braziliense" no mesmo dia. 15 diplomatas venezuelanos, segundo o jornal, já estariam atuando em vários municípios brasileiros para instalar centros de apoio à causa, como o Círculo Bolivariano Che Guevara, no Rio de Janeiro.

Camata alertou que se tratava de uma infiltração ideológica do governo Chávez no país, cujo projeto político seria transformar o Estado numa "democracia socialista".

A reportagem informava ainda que o trabalho no Brasil estaria sendo coordenado pelo venezuelano Maximiliano Arvelaiz, apontado como homem de confiança do presidente Chávez. O jornal denunciou também a participação nessa ação do Consulado Geral da Venezuela, tendo como líder o embaixador Mario Guglielmelli Vera.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

29 de outubro de 2007

ESPECIAL: Entenda porque Cristina Kirchner venceu

*Por Carlos Eduardo Borenstein, analista político da Arko América Latina
A vitória da candidata da “Frente para a Vitória”, Cristina Kirchner, veio a confirmar as projeções realizadas antes da definição do candidato governista. Fosse Néstor ou Cristina, dificilmente o Kircherismo perderia o poder na Argentina, devido ao cenário econômico favorável. Mesmo que os críticos argumentem que sua durabilidade seja de curto prazo, a política de controle de preços e elevado gasto público, turbinou o poder de compra dos cidadãos (desde pobres até ricos).

Outra conseqüência não menos importante foi a blindagem criada em torno de Cristina. Nem os escândalos de corrupção que atingiram funcionários do alto escalão da Casa Rosada conseguiram abalar sua candidatura. Só para lembrar, a então ministra da Economia, Felisa Miceli, foi obrigada a renunciar após uma bolsa com dólares ser encontrada no banheiro de seu gabinete.

Com um crescimento de 8% nos últimos cinco anos, o governo dispôs de mecanismos para cooptar adversários nas províncias. Isso foi possível através do direcionamento de recursos para localidades governadas pela UCR (União Cívica Radical). Com isso, a Casa Rosada conquistou o apoio de 20 dos 24 governadores. De lá, vieram à maioria dos votos para Cristina.

Em relação à votação dela, o analista político argentino Rosendo Fraga fez uma leitura bastante interessante. De acordo com ele, quatro de cada cinco eleitores de Cristina haviam votado no ex-presidente Carlos Menem, cuja base também foi às províncias mais pobres. Por sua vez, assim como Cristina, o ex-presidente tinha sua rejeição localizada na capital Buenos Aires. As coincidências não param por ai. Os governadores que apoiaram Menem eram das mesmas províncias dos que, nessas eleições, apoiaram Cristina. A diferença fica na questão política, Menem era de centro-direita e Cristina é de centro-esquerda.

Esse fenômeno ocorreu justamente por questões econômicas. Enquanto na capital o eleitor é menos dependente desses recursos, nas províncias a relação é inversa. A vinda de recursos do governo central significa a sobrevivência do político local e dos habitantes.

Num cenário onde os argentinos votaram pragmaticamente com o “bolso”, a oposição não teve nomes nem alternativas para confrontar o governo. Um indicativo foi às estratégias desenvolvidas pelos adversários da futura presidente. A segunda colocada na disputa, Elisa Carrió, apresentou-se como moralizadora prometendo combater a corrupção. Amealhou votou do eleitor de classe média que não tolera desvios éticos, mas deixou a desejar na hora de apresentar um projeto de país.

Atrás dela ficou o ex-ministro da Economia, Roberto Lavagna, que se posicionava como meio governo meio oposição. Fez isso para tentar tirar proveito por ter sido ministro da Economia de 2003 a 2005. Essa estratégia tirou poucos votos do Kircherismo, pois se a política econômica vai bem, porque mudar de candidato? Foi mais ou menos assim o raciocínio do eleitor.

Mesmo crescendo na reta final, o candidato da “ Frejuli (Frente Justiça, União e Liberdade)”, Alberto Rodríguez Saá, não ameaçou o governo. Ele representava a facção do Partido Justicialista (Peronista) de oposição a Nestor Kirchner. Era apoiado pela centro-direita do partido, liderada pelo ex-presidente Carlos Menem. Conseguiu tirar votos daquele eleitor que é peronista, mas estava descontente com o governo.

Por sua vez, o candidato Ricardo López Murphy deu mostras que ainda carrega o desgaste de ter sido ministro da Economia do ex-presidente Fernando de La Rua. Na sua gestão, adotou políticas econômicas ortodoxas de controle do gasto público que geraram insatisfações. Pelo seu passado pregresso, acabou visto pela classe média como um político com posturas muito a direita, ficando inviabilizado politicamente. Mas, por ser um critico do gasto público da atual administração, poderá lucrar caso Cristina fracasse no manejo da economia.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

URUGUAI: Embaixador uruguaio e governadora do RS conversam sobre integração

O embaixador uruguaio no Brasil, Pedro Humberto Vaz Ramela, e a governadora do RS (Rio Grande do Sul), Yeda Crusius, conversaram nesta semana sobre os desafios ao fortalecimento da integração entre RS e Uruguai, a importância da logística para isso e a busca de soluções a problemas comuns. As informações foram divulgadas pela agência Safras e fornecidas pela assessoria de comunicação do governo do RS.

A governadora afirmou que os investimentos que vêm sendo feitos nos setores naval, de florestamento e de fruticultura, do lado gaúcho, tendem a fazer uma revolução na região de fronteira, o que aumenta os interesses de aproximação entre o Estado e o Uruguai.

O reflorestamento é considerado como um dos aspectos relevantes para a definição de políticas comuns mencionados por Yeda. A liberação de atividades do setor em terras localizadas na faixa de divisa do Brasil com o Uruguai e a Argentina, já foi, inclusive, pleiteada pelo governo do Estado ao governo federal. A governadora, por sua vez, entregou pessoalemente ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, um ofício com o objetivo de reforçar a solicitação, na ocasião da Interiorização do Governo do Estado em Alegrete, dia 28 de setembro.

No entendimento de Crusius, existem impedimentos que podem ser resolvidos para que as regiões de fronteira se desenvolvam a partir do reflorestamento.

Já o embaixador uruguaio, que esteve acompanhado na visita à governadora do cônsul-geral do Uruguai em Porto Alegre, Ernesto Scheiner Correa, enfatizou que o seu país tem o Rio Grande do Sul como importante parceiro comercial.

Na avaliação de Ramela, "a infra-estrutura e a logística são fundamentais para se desenvolver o intercâmbio. No caso do Uruguai, também estamos investindo, tanto por parte do governo como do setor privado, em portos, rodovias e ferrovias. Isso vai trazer mais oportunidades comerciais não só ao Uruguai, mas a toda a região".

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

ENTREVISTA: DEPUTADO DR. ROSINHA (PT-PR)


Na semana em que a CREDN (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional) da Câmara dos Deputados aprovou a Mensagem 82/07, do Poder Executivo, que ratifica o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul, a Arko América Latina conversou, em entrevista exclusiva, com o deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), relator da matéria.


Rosinha é titular da CREDN (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional) e da CPCM (Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul, conhecida também por Representação brasileira no Parlamento do Mercosul). Também é o vice-presidente brasileiro no Parlamento do Mercosul.


ARKO AMÉRICA LATINA: Deputado, após os últimos acontecimentos envolvendo o presidente Hugo Chávez (Venezuela) e o Congresso brasileiro, o ingresso da Venezuela como membro-pleno do Mercosul está inviabilizado? Por quê?


DR. ROSINHA: Não. As declarações do presidente venezuelano geraram muitos debates e criaram alguns atritos e dificuldades de tramitação da Mensagem de adesão da Venezuela ao Mercosul. Creio que boa parte das resistências foi debelada com o debate democrático.


AAL: No mês passado, tivemos a notícia de que índios yanomamis em Roraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela, presenciaram a invasão do espaço aéreo brasileiro por helicópteros militares venezuelanos. De acordo com a imprensa venezuelana, o assunto será levado para a Comissão de Relações Exteriores. No seu entendimento, quais as conseqüências desse acontecimento para as relações Brasil-Venezuela?


DR: Toda e qualquer invasão de espaço (aéreo, marítimo e territorial) de um país gera atritos diplomáticos. Acredito que estes atritos serão resolvidos sem maiores conseqüências.


AAL: Deputado, vários países da América Latina têm optado por assinar TLCs (Tratados de Livre Comércio) com os EUA. Na sua avaliação, o Brasil deveria assinar um tratado de livre comércio com os norte-americanos?


DR: Não. Entendo que Tratados de Livre Comércio como os impostos pelos EUA são nocivos aos países de menor economia.


AAL: Muitos analistas afirmam que a postura do presidente Lula de sempre buscar consensos ao invés de tomar posições diretas e ativas facilitou a ascensão de Chávez no continente latino-americano. Na sua avaliação, essa premissa é verdadeira?


DR: A diplomacia brasileira tem uma história de eficiência e de construção de consensos. Tem também usado de um método, no qual a tolerância é importante, de muito diálogo. Entendo que a diplomacia da Venezuela, no governo Chávez, é mais agressiva no sentido político. Esse método dá a impressão de grande ascensão do presidente venezuelano, o que não significa liderança.


AAL: Qual a sua avaliação sobre a política externa do Governo Lula?


DR: Muito já se escreveu sobre a política externa do governo Lula. Entendo que é uma política que tem trazido liderança do Brasil nas negociações internacionais. É uma política eficiente de inserção do Brasil no cenário mundial.


(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

DIRETO DE BRASÍLIA: Entendimentos divergentes sobre Venezuela no Mercosul

No momento da discussão do parecer do relator deputado Dr. Rosinha (PT-PR) à Mensagem 82/07, do Executivo, que ratifica o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul, o governo e a oposição divergiram sobre a entrada do país ao bloco. Durante a reunião da CREDN (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional) na qual era tratada a matéria, o principal argumento da oposição foi o de que muitos pontos do acordo ainda estavam sem solução e era preciso mais tempo para discutir o assunto.

Já entre os deputados da base aliada, o argumento foi o de que o adiamento da ratificação do acordo prejudicaria todo o esforço da diplomacia brasileira para consolidação e ampliação do Mercosul. O líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), por exemplo, argumentou que, no caso do acordo inicial para a criação do Mercosul, muitos ajustes técnicos foram feitos posteriormente.

Com 15 votos a favor e uma abstenção, o parecer do relator foi aprovado na reunião ordinária da CREDN desta quarta-feira (24). O PSDB e o DEM entraram em obstrução e, conseqüentemente, os parlamentares dessas legendas não votaram, apesar de estarem presentes à reunião.

A matéria ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário da Câmara. A CREDN deliberou durante cinco horas e meia de debates.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

CHILE: Avançam negociações para TLC com Malásia

O Diretor Bilateral da DIRECON (Direção Geral de Relações Econômicas Internacionais), Andrés Rebolledo, informou que as delegações do Chile e da Malásia concluíram a segunda rodada de negociações para a assinatura do TLC (Tratado de Livre Comércio) entre as duas nações. As discussões ocorreram ao longo dessa semana em Santiago, no Chile.

Durante as reuniões foram negociados temas referentes ao comércio de bens e serviços, regras de origem, procedimentos aduaneiros, defesa comercial, medidas sanitárias, investimentos, cooperação e assuntos institucionais.

“O TLC com a Malásia é um passo importante para demonstrar que o sudeste asiático é uma prioridade para a política externa chilena”, afirmou Reboledo. Ele também sustentou que seu país continuará trabalhando para que o Chile seja um local estratégico para os negócios entre a América Latina e a Ásia.

A próxima rodada de negociações entre as duas nações está prevista para ocorrer em março de 2008.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

CHILE: Crescimento econômico deverá ser de 5,4% no país

O economista chefe da BBVA Chile, Miguel Cardoso, afirmou que a economia chilena deverá crescer 5,4% nesse ano. No seu entendimento, isso é conseqüência do ritmo moderado de crescimento experimentado pelo país nos últimos meses.

Cardoso informou que, no mês de setembro, a atividade econômica local cresceu apenas 2,7%. O crescimento econômico no terceiro trimestre de 2007, chegará a 3,7% enquanto que para 2008 a projeção é de 5,3%, segundo ele.

No que diz respeito ao cenário futuro, o economista acredita haver muitas incertezas relacionadas à queda nas expectativas do crescimento dos EUA, e à força dos países emergentes. Para Cardoso, no mês de outubro o Chile deveria ter apresentado uma recuperação em seus índices em razão do crescimento do setor de mineração. No entanto, a produção industrial caiu 2,6%, lembrou.

Assinalou ainda que as importações de bens de capital aumentarão os investimentos em mais de 10%, o que torna as perspectivas para o ano que vem muito animadoras.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

VENEZUELA: Jornalistas reagem à eliminação do direito à informação

O presidente do Conselho Nacional dos Jornalistas, Levy Benshimon, afirmou que a modificação do artigo 337, aprovada pela Assembléia Nacional, significa “uma eliminação do direito à informação, o que viola o direito do povo de estar devidamente informado”. Na sua avaliação, a Assembléia colocou o cidadão em um estado de total indefinição informativa por meio de uma decisão partidarizada.

“Os cidadãos e os profissionais de imprensa rechaçam a eliminação desse direito fundamental que promoverá a censura prévia dos meios de comunicação social”, ressaltou Benshimon.

Com essa decisão, aumentará o controle do Estado sobre os meios de comunicação, o que já era grande desde o fechamento da RCTV (Rádio Caracas de Televisão). A estratégia do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, é sufocar todos os meios onde possam surgir vozes de oposição ao bolivarianismo.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

BOLÍVIA: Governo e oposição debatem mudança de sede da Constituinte

O governo boliviano discute com a oposição a mudança de sede da Assembléia Constituinte para outra cidade, como conseqüência da recusa por parte de líderes de Sucre em permitir a retomada das sessões.

De acordo com a agência Efe, fontes oficiais informaram que essa possibilidade está sendo analisada pelo conselho político formado pelo governo e oposição para evitar o fracasso da assembléia que elegerá a nova Carta Magna do país.

Há dois meses, os trabalhos foram suspensos devido a conflitos. Isso ocorreu porque os habitantes do departamento de Sucre pretendem que os constituintes levem as sedes dos poderes Executivo e Legislativo para essa localidade.

A mudança de sede, segundo a imprensa local, entrou em discussão nessa semana em função do litígio de Sucre com La Paz, fato que obstruiu a continuidade dos trabalhos.

O prazo para a entrega do novo texto constitucional é dia 14 de dezembro. Entretanto, até o presente momento, nenhum artigo da nova constituição foi redigido. Caso não haja entendimento e a Constituinte fracasse, será uma derrota de grandes proporções para o presidente Evo Morales (Bolívia), já que a elaboração da nova Constituição era uma de suas principais bandeiras de campanha.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

22 de outubro de 2007

EQUADOR: Aliança País estabelece linhas de atuação durante Constituinte

Em reunião informal realizada no Hotel Tambo Real, os 78 deputados constituintes eleitos pela Aliança País (partido do presidente do Equador, Rafael Correa) definiu suas alianças de atuação durante a elaboração da nova Carta Magna do país.

As principais recomendações feitas foram: não repetir as “velhas práticas” do Congresso; reconhecer que fazem parte de um projeto político, porém atuarão de forma independente; fechar o Parlamento imediatamente, criando uma nova figura jurídica; integrar uma “comissão legislativa” com um grupo de constituintes para criar novas leis; e elaborar uma nova Constituição.

Como conquistaram a maioria dentro da Assembléia Constituinte, os partidários do presidente equatoriano conseguirão elaborar um novo texto constitucional que centralizará mais poder nas mãos de Rafael Correa.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

VENEZUELA: Queda do desemprego favorece discurso chavista

No mês de setembro, a taxa de desemprego na Venezuela registrou uma queda de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado. As informações foram divulgadas pelo INE (Instituto Nacional de Estatística). Em setembro de 2007, esse índice ficou em 8,3%, contra 9,5% registrados em 2006.

A taxa de ocupação, por sua vez, apresentou um aumento de 91,7%, representando uma incorporação de 313.806 trabalhadores do mercado de trabalho. Como conseqüência, 55,5% dos trabalhadores entraram no mercado formal da economia, representando um aumento de 0,7% em relação ao mês de setembro em 2006, quando esse índice foi de 54,8%.

A diminuição do desemprego está relacionada ao crescimento econômico que a Venezuela vem registrando. Isso se deve ao aumento de recursos que entram no país vindos da exportação de petróleo. Dados como esses são importantes para o presidente Hugo Chávez, pois ele consegue unidade de sua base social de apoio (classes populares - principal beneficiada da maior geração de empregos) para avançar em seu projeto político.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

Lula tenta mudar agenda da política externa brasileira

Durante passagem por Angola, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, convidou o país (assim fizera anteriormente com a África) a participar da “revolução dos biocombustíveis”.

De acordo com a BBC Brasil, no discurso de abertura da reunião bilateral entre Brasil e Angola, Lula fez a seguinte declaração: “Angola é uma potência petrolífera. O Brasil é auto-sufuciente na produção de petróleo. Não obstante, podemos, juntos, participar de uma revolução energética, a dos biocombustíveis”.

Ao defender o combustível alternativo, ele afirmou que sua produção gerou 6 milhões de postos de trabalho e tem capacidade de gerar renda, colaborando para evitar o êxodo rural e o inchaço urbano.

Assim como na conjuntura interna, a política externa brasileira está passando por uma mudança de agenda, ou seja, o presidente tenta reformar seu próprio governo. Enquanto internamente busca a transição do Bolsa-Família para o PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), externamente troca a bandeira do combate à fome pelo biocombustível.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

MERCOSUL: EUA pretendem acordo comercial com bloco

O governo dos EUA pretende apresentar em breve, segundo informações divulgadas ontem pela agência Globo, uma proposta de acordo de livre comércio aos quatro países integrantes do Mercosul. O bloco, até o momento, resiste em firmar com os norte-americanos um documento com esse objeto. Seria a retomada da antiga idéia chamada de "quatro mais um": EUA mais Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Atualmente, a expectativa do governo é encontrar coincidências de interesses em áreas nas quais todos se sintam confortáveis para discutir, haja vista a impossibilidade em se conseguir um acordo amplo.

Um alto funcionário do governo, ao revelar a iniciativa da Casa Branca, reforçou esse entendimento e afirmou que "está mais do que claro que não dá para fechar acordos bilaterais diretamente com cada um dos quatro países. Tampouco é possível ressuscitar a tentativa de se criar a Alca (Área de Livre Comércio das Américas). No entanto, acreditamos ser possível encontrar campos que possam trazer benefícios comuns a todos nós".

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

ARGENTINA: Propaganda de Cristina ataca FMI

A candidata a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, atacou o FMI (Fundo Monetário Internacional) ontem, durante seu programa eleitoral. De acordo com a agência Reuters, o comercial de TV mostrou crianças respondendo errado quando eram questionadas a dizer o que era o organismo internacional.

No final da propaganda, um narrador afirmava: “graças a nós, nossas crianças não fazem idéia do que seja o FMI”.

Com o argumento de libertar a Argentina da influência do fundo em sua política econômica, o presidente Néstor Kirchner (Argentina) pagou, antecipadamente, a dívida de US$ 9,5 bilhões que o governo tinha com o fundo.

O atual presidente acredita que as políticas ditadas pelo FMI foram responsáveis pela crise econômica que atingiu o país em 2001 e 2002. A estratégia da campanha de Cristina é reforçar suas críticas ao FMI, que é muito impopular no país devido à eficiente campanha negativa feita por segmentos mais à esquerda.

O discurso da candidata à presidência tem como objetivo dialogar com os segmentos mais à esquerda do Partido Justicialista, pois algumas de suas prioridades têm sido as viagens ao exterior e as reuniões com o empresariado para ser mais simpática junto a esses segmentos.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

Banco do Sul é para o desenvolvimento e FMI para as crises, diz Mantega

O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, afirmou ontem em Washington que o “Banco do Sul será para financiar projetos em infra-estrutura e, para as crises, permanece o FMI (Fundo Monetário Internacional)”.

De acordo com a BBC Brasil, os comentários foram feitos pelo ministro na sede do fundo, após encontro com o presidente do FMI, Rodrigo Rato. “A criação do Banco do Sul não impede que continuemos pegando empréstimos e tendo uma colaboração estreita com outros organismos”, ressaltou Mantega.

O ministro classificou o Banco do Sul como de suma importância. Entretanto, ele entende que falta definir alguns pontos: as regras; participação acionária dos membros; como será dirigido; e quais os princípios para liberar os projetos.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

19 de outubro de 2007

Prêmio "Excelência Pública 2007" da Revista América Economia

A prestigiada revista América Economia publicou a lista dos vencedores do prêmio "Excelência Pública 2007". Segue a lista dos vencedores:

Redução de Pobreza
Carlos Arturo Betancur
Prefeito de Itagui, Colômbia

Educação
Enrique Doger Guerreiro
Prefeito de Puebla, México

Igualdade entre Gêneros
Marcelo Ebrard Casaubon
Chefe de Governo, Cidade do México, México

Redução da Mortalidade Infantil
Sergio Fajardo
Prefeito de Medellín, Colômbia

Melhoras na Saúde Materna
Honorio Galvis
Prefeito de Bucaramanga, Colômbia

Prevenção de Redução de HIV/AIDS
Angel Almanzar Valdez
Secretário Nacional de Saúde, República Dominicana

Sustentabilidade Ambiental
Paco Moncayo
Prefeito de Quito, Equador

Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego
Nathalei Cely
Ministra de Coordenação de Desenvolvimento Social, Equador

A votação para eleger essas personalidades é feita por um juri composto por membros das seguintes entidades:

Secretaria para o Desenvolvimento Integral (SEDI) da Organização dos Estados Americanos (OEA)

Centro Internacional de Formação de Autoridades Locais (Cifal)

Instituto de Nações Unidas para a Formação e Investigação (Unitar)

Corporação Andina de Fomento (CAF)

Instituto Internacional de Metrópoles

Federação Latino-Americana de Cidades, Municípios e Associações (Flacma)

É interessante notar como não temos nenhum brasileiro entre os vencedores. Interessante e triste. Como líder e potência econômica, nossa capacidade de exportar exemplos e modelos administrativos está cada vez menor.


COSTA RICA: País obtém assento no Conselho de Segurança da ONU

A Costa Rica foi escolhida nessa terça-feira (16), segundo informações da agência AFP, para ocupar o assento rotativo do Conselho de Segurança da ONU, depois de conseguir mais apoio a seu favor do que a República Dominicana na votação realizada na Assembléia Geral das Nações Unidas, em Nova York.

Com 179 votos a favor na terceira rodada de votação secreta, o país centro-americano superou a República Dominicana, que teve apenas um voto. É preciso receber dois terços dos votos, dos 192 Estados-membros presentes e votantes, para ser escolhido.

O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros, sendo dez rotativos e cinco permanentes com direito de veto: EUA, Rússia, China, França e Grã-Bretanha.

África do Sul, Bélgica, Indonésia e Itália são, atualmente, os outros membros rotativos. A cada ano são escolhidos cinco membros não-permanentes, que cumprem mandatos de dois anos.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

BOLÍVIA: Hidrelétricas no Rio Madeira voltam a ser tema de discussão

O chanceler David Choquehuanca afirmou nesse domingo (14), segundo informações da agência AFP, que a Bolívia não ficará calada se as duas hidrelétricas brasileiras do Rio Madeira, na fronteira, prejudicarem o ecossistema boliviano.

"Eles (brasileiros) são soberanos para qualquer empreendimento, mas se isso afetar os bolivianos não podemos ficar calados, eles precisam saber disso", disse Choquehuanca.

O Brasil pretende construir duas usinas, Santo Antonio (3.150 MW) e Jirau (3.300 MW), que geraram críticas na Bolívia por possíveis impactos ambientais na região.

Em agosto, equipes técnicas dos dois países se reuniram em Brasília para analisar os aspectos técnicos ambientais das duas obras, e a Bolívia fez suas ressalvas, informou o chanceler. "Apresentamos nossas dúvidas, enviamos nossas perguntas e agora estamos esperando a resposta", declarou.

As obras terão muito impacto para o meio ambiente, como "perda de vegetação, erosão de solos, deslizamentos de terras, inundações, extinção de espécies aquáticas e aumento das doenças tropicais", de acordo com a Bolívia.

As duas represas ficarão na fronteira com a Bolívia, no Rio Madeira, que nasce da confluência dos rios Beni e Mamoré. As represas produziriam energia a custo baixo e teriam capacidade de 4.051 megawatts/hora. O Brasil investirá no projeto cerca de US$ 10 bilhões.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

PANAMÁ: País buscará recursos no exterior para ampliar Canal do Panamá

O vice-presidente e chanceler do Panamá, Sanuel Lewis Navarro, afirmou que, a partir do primeiro semestre do ano de 2008, seu país buscará US$ 2 bilhões para financiar a expansão do Canal do Panamá.

De acordo com a imprensa local, a ampliação do canal está estimada em US$ 5,2 bilhões. Por meio desse projeto, barcos maiores poderiam passar pelo local, duplicando os 80 quilômetros de extensão que une os oceanos Atlântico e Pacifico.

Em entrevista concedida à agência Reuters, Navarro disse que “o projeto de expansão do Canal do Panamá é o maior e mais importante da América Latina”. Para o chanceler, ele será um atrativo para todas as companhias do mundo.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

BOLÍVIA: Quiriboga vai aos EUA buscar investimentos

O ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas Quiriboga, viajará aos EUA, nessa semana, para explicar o processo de nacionalização implementado pelo presidente Evo Morales. Além disso, ele buscará atrair novos investimentos para o setor.

Durante sua paragem por Washington, está previsto encontro com representares da empresa EAG (Energy Action Group) que inclui as seguintes companhias: Chevron, Conocco Philips, TUC, Energy, Exxon Móbile, Occidental International Exploratión, Shell, ADM associatión e Ashmore Energy International.

De acordo com a imprensa local, mesmo que as relações da Bolívia com os EUA não sejam das melhores, Quiriboga pretende trazer investimentos para o setor de hidrocarbonetos e energia.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

CUBA: País vai às urnas em eleição de um só partido

No próximo domingo haverá a primeira eleição em Cuba desde o afastamento de Fidel Castro. No entanto, os eleitores poderão votar apenas nos candidatos do PCC (Partido Comunista Cubano), pois o sistema cubano é de partido único. Também não haverá comícios nem propaganda eleitoral.

Esse processo eleitoral culminará com a escolha da nova Assembléia Nacional, no mês de março. Mesmo que o parlamento tenha apenas a função de referendar as decisões do regime castrista, no futuro ele pode se tornar um local para o debate sobre o futuro de Cuba. Isso deve ocorrer porque a tendência é que o líder Fidel Castro não retorne mais ao poder devido ao seu precário estado de saúde.

De acordo com a agência Reuters, o presidente interino Raúl Castro tem convocado os jovens cubanos a candidatarem-se nas eleições para “injetar sangue novo na política”. O regime percebe que seus quadros estão ficando envelhecidos e, por isso, o ingresso de jovens para dentro da estrutura do Estado seria uma forma de oxigenar o poder.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

18 de outubro de 2007

VENEZUELA: EUA teme rearmamento no país

Um funcionário norte-americano afirmou, nessa terça-feira (16), que teme as compras militares de Caracas, pois elas podem provocar uma corrida armamentista na região. Essa declaração, segundo as agências DPA e AFP, pode complicar ainda mais as tensas relações entre os EUA e a Venezuela.

O vice-assistente do secretário de Defesa norte-americano para o hemisfério ocidental, Stephen Johnson, advertiu que é preciso vigiar a quantidade de armas que a Venezuela está comprando. O comentário teve como fundamento um balanço realizado pelo secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, em recente viagem à América Latina. Cuba e Venezuela são "hostis à democracia de mercado ao estilo ocidental do EUA", definiu Johnson. Afirmou também que seus governos "estão tentando se opor ativamente" à influência norte-americana na região. A declaração de Johnson segue a linha da realizada por Gates durante sua turnê pela região, na qual qualificou Hugo Chávez (presidente venezuelano) de "ameaça" para a prosperidade de seus cidadãos.

Bolivia e Equador também foram citados como "desafiantes" aos EUA pelo funcionário. Reconheceu também que Venezuela "tem o direito de defender-se", mas assegurou que as armas que estava comprando eram muito mais sofisticadas" do que as de outros países do continente, e em número bem superior ao que necessita para esse fim.

Chávez, por sua vez, contestou que tentará defender seu aliado Irán se os EUA decidem lançar uma operação armada contra Teherán pelo seu polémico programa nuclear, algo que não foi descartado totalmente pela Casa Branca.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

BOLÍVIA: País pode atrasar exportação de gás natural para Argentina

O ministro de Energia da Bolívia, Carlos Villegas, afirmou que o país atrasará por um ano as exportações de gás natural para a Argentina. O objetivo é fazer com que haja um aumento de sua produção para cumprir com as obrigações contratuais.

“O contrato estabelece que devemos enviar 27 milhões de metros cúbicos, porém podemos esperar por mais um ano para começar a exportar essa quantidade”, afirmou Villegas.

Com uma produção de 40 milhões de metros cúbicos por dia, a Bolívia é a segunda maior reserva de gás da América do Sul, sendo a maior exportadora da região. Entretanto, analistas acreditam que o país terá dificuldades de cumprir suas obrigações contratuais e, ao mesmo tempo, atender sua demanda interna.

Como conseqüência desse cenário, Evo Morales (presidente da Bolívia) tem ameaçado de expulsão as empresas que não investirem em seu país.

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ARGENTINA: Governo descarta problemas no abastecimento de diesel

O ministro do Planejamento Federal, Julio de Vido, descartou a existência de problemas no abastecimento de diesel. As declarações têm como objetivo evitar que a crise energética traga efeitos negativos para o governo na eleição presidencial do próximo dia 28. De acordo com ele, as versões divulgadas na imprensa sobre escassez do produto “não possuem nenhum fundamento técnico”.

Mesmo com a negativa do governo, existem alguns indícios que são preocupantes. A Bolívia, maior exportador de gás natural da região, anunciou a redução do volume exportado para Buenos Aires. Com isso, as dificuldades para segmentos estratégicos da economia serão afetados.
Como faltam poucos dias para as eleições, o desabastecimento não deve trazer ônus para a senadora Cristina Kirchner. No entanto, se a crise permanecer a futura presidente poderá “pagar essa fatura”.

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Aprovada agenda da 5ª Conferência de Chefes de Estado da ALC e UE

Reuniram-se em Lisboa, entre os dias 9 e 10 de outubro, os Altos Funcionários da América Latina e do Caribe e da União Eurpéia, com o objetivo de aprovar a agenda da 5ª Conferência de Chefes de Estado da ALC-UE e, assim, acordar as decisões para avançar no seu processo de preparação. O evento será realizado em Lima (Peru) no dia 16 de maio do próximo ano. As informações foram divulgadas pelo jornal peruano "El Comercio".

A agenda estabelece que os 60 Chefes de Estado que comparecerem ao encontro em Lima concentrarão suas deliberações do próximo ano em torno dos temas: 1) Pobreza, desigualdade e inclusão; e 2) Desenvolvimento sustentável - meio ambiente, mudança climática, energia.

O acordo adotado marca a rota temática que seguirão os trabalhos preparatórios, da próxima conferência, nas três reuniões preparatórias que ainda se encontram pendentes e que ocorrerão em 2008, em Bruxelas e Lima.

Ao mesmo tempo, consolida a intenção de ambas as regiões de que as decisões emanadas da próxima reunião de mandatários se traduzam em medidas operacionais e ações concretas, de modo que tenham um impacto positivo sobre situações que preocupam aos atores sociais, os governos, os mecanismos regionais de integração e os foros globais.

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VENEZUELA: Começa a terceira rodada de discussões da Reforma Constitucional

Assembléia Nacional iniciou ontem a última rodada de debates da Reforma Constitucional pretendida pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez. De acordo com a agência Efe, a expectativa é que a modificação seja aprovada neste mês pelo plenário da Casa. Para que isso ocorra, são necessários 111 votos, ou seja, 2/3 do plenário.

É praticamente certa a aprovação do projeto, pois toda a Assembléia é controlada por Chávez. As principais alterações propostas pelo venezuelano são: a reeleição indefinida para o cargo de presidente; o fim da autonomia do Banco Central; e a criação de territórios federais por decreto.

Além disso, a comissão mista parlamentar da Assembléia acrescentou ao texto a eliminação dos direitos à informação e de julgamento justo quando o governo decretar estado de emergência.

Se aprovada na terceira etapa de discussões, o projeto será submetido a referendo popular, devendo ser aprovado no final do ano.

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17 de outubro de 2007

ARGENTINA: Hillary aprofundará a relação com país

A forte candidata a suceder, hoje, George W. Bush na Casa Branca, Hillary Rodham Clinton, buscará "aprofundar a cooperação econômica e estratégica" com a Argentina se eleita presidente em 2008, conforme indicam os prognósticos e a aposta da Casa Rosada. Hillary disse que isso fará parte de sua política de vigoroso compromisso com toda a América Latina e criticou Bush por descuidar da região. As informações foram divulgadas pelo jornal argentino "La Nación".

Como prova desse gesto de apoio à Argentina, a candidata publicou um artigo na prestigiosa revista "Foreign Affairs" para adiantar os eixos de sua política exterior caso venha a ser a primeira presidenta na história dos EUA. "Devemos apoiar às maiores democracias em desenvolvimento na região, Brasil e México, e aprofundar nossa cooperação econômica e estratégica com a Argentina e o Chile", declarou.

Compartilhou também da crítica que o presidente Néstor Kirchner e outros líderes da região fizeram a Bush e ao seu governo durante os últimos anos. Hillary afirmou que o presidente americano se descuidou dos vizinhos do Sul, bem como retrocedeu no desenvolvimento democrático e na abertura econômica da América Latina.

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ARGENTINA: Analista diz que Cristina não mudará estratégia

O analista Hugo Krasnobroda afirmou que a candidata Cristina Kirchner não mudará sua estratégia na reta final da campanha eleitoral. No entanto, em artigo publicado no jornal “El Tribuno”, ele afirmou que a senadora se dedicará “exclusivamente a percorrer o território nacional, abandonando as viagens ao exterior”.

Sobre a estratégia dos candidatos de oposição (Elisa Carrió, Roberto Lavagna, Alberto Rodrigúez Saá e Ricardo López Murphy), Krasnobroda entende que “eles não conseguiram apresentar-se à sociedade como portadores legítimos de uma alternativa de governo”.

As declarações do analista retratam bem a conjuntura atual na Argentina. Devido ao bom cenário econômico vivido pelo atual governo, a oposição está sem agenda. Isso ocorre porque o eleitor que melhorou seu padrão de vida nos últimos quatro anos não mostra disposição em mudar.

A expectativa é que a eleição caminhe para uma vitória do Kircherismo no primeiro turno, já que a campanha está no final e, muito dificilmente, haverá uma alteração.

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DIRETO DE BRASÍLIA: Empresários são a favor da entrada da Venezuela no Mercosul

Em reunião realizada nesta terça-feira com o presidente brasileiro da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, Representantes da Câmara Venezuelana-Brasileira de Comércio discutiram a entrada da Venezuela no Mercosul. O presidente do grupo, José Francisco Marcondes Neto, ressaltou que a adesão da Venezuela ao bloco reduzirá uma série de barreiras alfandegárias e facilitará pagamentos e negociações entre os dois países, incentivando o comércio. As informações foram divulgadas pela agência Câmara.

O Amazonas é o estado com maior relação comercial com a Venezuela, seguido por Bahia, Pará e Roraima, informou o empresário. O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que participou da reunião, afirmou que o Mercosul só tem eficácia para as regiões Norte e Nordeste se a Venezuela for integrada ao bloco.

Aldo disse ainda que as críticas feitas ao Parlamento brasileiro pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, geraram suscetibilidades. Entretanto, já existem condições políticas de votar o protocolo de adesão da Venezuela (Mensagem 82/07, do Poder Executivo), segundo ele. Esse é um interesse dos dois povos, que se sobrepõe aos governos, salientou.

Já o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), relator da mensagem na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, disse que menos de 1% dos empresários se opõem à entrada da Venezuela no Mercosul. Ele lembrou que a votação da adesão foi marcada para o dia 24, de modo que o PSDB obtivesse mais informações técnicas sobre o cronograma de aceitação da Venezuela aos tratados já assinados pelo Mercosul. O PSDB está fazendo reuniões com o Itamaraty para tratar do assunto, de acordo com Rosinha. Na sua avaliação, após essas reuniões, não deverá haver problemas para integrar a Venezuela ao bloco.

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